A PROLE DO DEMÔNIO
CAPITULO I
***
A chuva desaba nos arredores de Verona. São 17h45mm
Jahel voltava de seu namoro com Shally na cavalariça do pai dela (Lugar em que se alojam cavalos, mulos de um mesmo proprietário).
O local é seco, bem arejado, um ótimo lugar para um namoro furtivo.
Mas está chuva torrencial fez os dois se dissiparem ou poderiam ficar ilhados. Shally se afasta correndo e Jahel fica olhando-a apaixonado.
Antes que ela fosse ele lhe deu uma medalhinha que era de sua mãe.
Não sabe por que fez isso foi uma vontade imensa de presenteá-la
Shally nem viu direito o presente, Jahel colocou em sua mão quando ela ia saindo, tão grande foi sua rapidez ao fugir da chuva.
Jahel levanta-se do monte de feno, calça as botas e vai embora. Ele caminha com segurança pela fazenda de Shally, com passos firmes não se detém nem quando pisa nos túmulos afundados pela enxurrada.
É estranho, que mesmo com a chuva torrencial e uma espécie de neblina ele enxerga o caminho de casa sem erro. Ele não teme se perder mesmo com a chuva causando dificuldades e o vento açoitando seu rosto com os seus cabelos compridos. Vai andando absorto, pensando em sua tarde com Shally, Ela é doce e o ama! Está pensando seriamente em casamento! Sorri ao pensar nisto.
Quando sente que não está só... Para! Afasta os cabelos encharcados que lhe caem nos olhos e volta a cabeça bruscamente... Avista alguma coisa na chuva que parece uma estátua de alguém abaixado sobre o corpo... Mas... Nunca houve estátua ali!
Jahel se aproxima com intuito de tocá-la e... A “estátua” ergue-se senhora de si, não é de pedra,
é um rapazinho sob aquela chuva, descalço e com camiseta e bermudas, a água escorria por sua face, a pele morena perdia a cor por estar constantemente na chuva
Jahel perguntou:
= O que você faz aqui nesta chuva vestido assim? Quem é você?
O rapazinho lhe dá um sorriso e não responde. -- Jahel lhe diz furioso:
= Não brinque assim comigo! Estamos sob uma chuva sem tamanho e você tira gracejos! Perguntei-lhe quem é você e o que faz aqui?
O rapaz encostou-se em uma árvore e disse:
> Por que quer saber quem eu sou? Tu sabes quem é?
Mas está chuva torrencial fez os dois se dissiparem ou poderiam ficar ilhados. Shally se afasta correndo e Jahel fica olhando-a apaixonado.
Antes que ela fosse ele lhe deu uma medalhinha que era de sua mãe.
Não sabe por que fez isso foi uma vontade imensa de presenteá-la
Shally nem viu direito o presente, Jahel colocou em sua mão quando ela ia saindo, tão grande foi sua rapidez ao fugir da chuva.
Jahel levanta-se do monte de feno, calça as botas e vai embora. Ele caminha com segurança pela fazenda de Shally, com passos firmes não se detém nem quando pisa nos túmulos afundados pela enxurrada.
É estranho, que mesmo com a chuva torrencial e uma espécie de neblina ele enxerga o caminho de casa sem erro. Ele não teme se perder mesmo com a chuva causando dificuldades e o vento açoitando seu rosto com os seus cabelos compridos. Vai andando absorto, pensando em sua tarde com Shally, Ela é doce e o ama! Está pensando seriamente em casamento! Sorri ao pensar nisto.
Quando sente que não está só... Para! Afasta os cabelos encharcados que lhe caem nos olhos e volta a cabeça bruscamente... Avista alguma coisa na chuva que parece uma estátua de alguém abaixado sobre o corpo... Mas... Nunca houve estátua ali!
Jahel se aproxima com intuito de tocá-la e... A “estátua” ergue-se senhora de si, não é de pedra,
é um rapazinho sob aquela chuva, descalço e com camiseta e bermudas, a água escorria por sua face, a pele morena perdia a cor por estar constantemente na chuva
Jahel perguntou:
= O que você faz aqui nesta chuva vestido assim? Quem é você?
O rapazinho lhe dá um sorriso e não responde. -- Jahel lhe diz furioso:
= Não brinque assim comigo! Estamos sob uma chuva sem tamanho e você tira gracejos! Perguntei-lhe quem é você e o que faz aqui?
O rapaz encostou-se em uma árvore e disse:
> Por que quer saber quem eu sou? Tu sabes quem é?
Jahel responde Com orgulho! :
= Claro que sei! Sou Jahel de Mont. Serrat!
O rapaz solta uma gargalhada zombeteira e completa o escárnio
> Mont. Serrat ou Bastardo?
Jahel furioso chega bem perto, ante a face do menino e diz:
= Retire o que disse! Meu pai foi um médico importante um ancestral do conde de Mont. Serrat.
O rapaz sacode a cabeça negativamente e diz:
> Aquele velho Médico não era seu pai. Você é um bastardo!
Jahel enfurecido questionou:
= E teu pai? Quem é o pai de criatura tão impertinente?
Não ouviu reposta só risinhos sádicos - mais uma vez Jahel fala com a criatura
= Vou perguntar mais uma vez! Disse em um tom mais baixo, passando a mão no rosto para tirar a água (o que era em vão já que a chuva não parava)
= Quem é você? O que faz aqui nas terras do Senhor Makull?
O jovem aproximou-se, olhar firme, de repente parecia bem mais velho que Jahel e disse:
> QUEM SOU EU? SOU A PROLE DO DEMÔNIO!
A voz do rapazola soou tão tenebrosa e o cheiro que saiu de sua boca foi tão insuportável que Jahel que sempre foi munido de coragem sentiu uma onda de medo, mas perguntou firme:
= Você é lunático rapaz? Oras! Sai da minha frente!
Nesse momento o chão cedeu sobre seus pés... Fazendo-o desequilibrar. E uma labareda imensa de chamas douradas surgiu diante dele.
Uma força sem limites o fez encurvar-se colocando o joelho no chão contra sua vontade.
Quando Jahel suspendeu o olhar para observar, o “garoto"... Sentiu-se cansado, sem força para entender o que está havendo, sua mente totalmente em desalinho como se não mais comandasse a ele próprio. O rapazola debruçou para ficar com os olhos rentes a Jahel e profanou ousado:
> Eu estou no comando não percebeu? Você irá me fazer um favor! – entendeu? Não saio daqui sem o seu consentimento
Jahel com ódio balançou a cabeça negativamente desafiando-o, tentou lhe mandar uma cusparada no rosto, mas a língua sem obedecer fez com que o cuspe escorresse pelo queixo.
O rapazola segurou as mãos de Jahel entre as suas, firme, o calor era terrível e Jahel soltou um berro.
> Preciso que você jure Jahel! Um juramento de sangue! Assim ajoelhado jure ser meu!
Jahel tentou soltar uma gargalhada debochada, mas sua garganta se fechou, estava completamente sem voz. Os joelhos caíram por terra como se tivessem lhe dado uma pancada por trás nas curvas das pernas... Mas ali só havia ele e o rapazola que estava em sua frente, Jahel caiu de cara na lama e vomitou.
> Jura agora! Repetiu o ser com fúria!
O calor era infernal, tentou serrar os pulsos com ira, tentou rir de si mesmo, mas não havia graça alguma. Tentou imaginar como a náusea e a fraqueza que sentia, pudesse vir daquele jovem.
Então meio atribulado pensou:
"Não me livrarei dessa peste se não prestar esse maldito juramento". – e decidiu fazer o que fosse preciso para se livrar desse jovem, mas prometeu ao seu coração se vingar de tamanha humilhação quando disse entre os dentes.
= Senhor! Torna-me vosso servo! Jahel, proferiu essas palavras diabólica e ironicamente.
O rapaz segurando-o pela garganta o pôs de pé e falou:.
> Me encontra aqui no mês cristão nas semanas entre a terceira lua que precisarei dos teus serviços!
= No mês de Cheshvan? Mas, porque quando o mundo é profano? O que você realmente quer? Me possuir? Não fará isso! Não comigo!
O rapaz responde desdenhando Jahel:
> Ah Nefilin! Você não é digno de um milímetro se quer de meu espírito.!
Jahel tremendo de ódio e com o orgulho ferido disse ao rapazola
= Eu sou um descendente dos lordes por herança! Devias respeitar-me.
> Você?? hahahahah voce é um Nefilin – disse o jovem rindo.
Jahel tinha uma porção de palavrões para deferir... Estavam todas na ponta de sua língua, mas como um soluço engoliu e com ira na voz perguntou:
= Que merda é essa que acabas de dizer pirralho?
> Calma Nefilin! __ Zomba o rapazola. > Você pertence a uma raça de anjos, seu pai de verdade foi expulso da presença de Deus. A metade de seu sangue é mortal!
Os negros olhos do rapazinho se elevam encontrando os de Jahel e continua: – a outra metade é de anjo caído.
Jahel buscando no fundo de sua mente lembra seu velho tio dizendo a ele, trechos bíblicos sobre uma raça “amaldiçoada” que eram frutos da união carnal entre mulheres mortais e anjos expulsos. Dizia seu tio que essa raça era extremamente poderosa. Nas profundezas de sua mente Jahel lembrou que sentia asco por eles. E perguntou ao rapazola:
= Quem é você?
O ser deu de ombro virou-se e foi embora. Jahel tentou segui-lo, mas as suas pernas teimavam em não obedecer. Ele permanecia ali na lama ensopado quase não enxergava por estar chovendo torrentes de águas geladas. Passou as mãos nos olhos tentando retirar um pouco da água que desce de seus cabelos. Consegue dissipar um pouco de toda aquela chuva de sua cara e olha o rapaz que está indo embora. – Pela sua camiseta molhada Jahel nota que ele tem duas cicatrizes nas costas, largas, que se ligavam formando um V ao contrário.
E grita:
= Você é um Anjo caído? Arrancaram-lhe as asas?
O rapaz, anjo, demônio seja lá o que fosse aquele ser não respondeu, mas Jahel não precisava de respostas, era óbvio que ele era um caído. Ainda gritando perguntou:
= Me diz então que serviço terei que prestar para você? Seu miserável pirralho ! Eu estou perguntando: = Do que se trata?
O ser repugnante soltou uma última gargalhada no ar e desapareceu. A chuva passou como se nem tivesse chovido! Parecia mais que alguém havia derrubado um barril de água sobre sua cabeça.
Jahel olhava para o lado perplexo como se tivesse saído de um pesadelo.
Foi para casa e nunca contou isso a ninguém! Quem acreditaria?
Nem ele próprio acredita.
Anjos donos de uma beleza delicada e de um forte brilho. (Nem sempre)...
= Claro que sei! Sou Jahel de Mont. Serrat!
O rapaz solta uma gargalhada zombeteira e completa o escárnio
> Mont. Serrat ou Bastardo?
Jahel furioso chega bem perto, ante a face do menino e diz:
= Retire o que disse! Meu pai foi um médico importante um ancestral do conde de Mont. Serrat.
O rapaz sacode a cabeça negativamente e diz:
> Aquele velho Médico não era seu pai. Você é um bastardo!
Jahel enfurecido questionou:
= E teu pai? Quem é o pai de criatura tão impertinente?
Não ouviu reposta só risinhos sádicos - mais uma vez Jahel fala com a criatura
= Vou perguntar mais uma vez! Disse em um tom mais baixo, passando a mão no rosto para tirar a água (o que era em vão já que a chuva não parava)
= Quem é você? O que faz aqui nas terras do Senhor Makull?
O jovem aproximou-se, olhar firme, de repente parecia bem mais velho que Jahel e disse:
> QUEM SOU EU? SOU A PROLE DO DEMÔNIO!
A voz do rapazola soou tão tenebrosa e o cheiro que saiu de sua boca foi tão insuportável que Jahel que sempre foi munido de coragem sentiu uma onda de medo, mas perguntou firme:
= Você é lunático rapaz? Oras! Sai da minha frente!
Nesse momento o chão cedeu sobre seus pés... Fazendo-o desequilibrar. E uma labareda imensa de chamas douradas surgiu diante dele.
Uma força sem limites o fez encurvar-se colocando o joelho no chão contra sua vontade.
Quando Jahel suspendeu o olhar para observar, o “garoto"... Sentiu-se cansado, sem força para entender o que está havendo, sua mente totalmente em desalinho como se não mais comandasse a ele próprio. O rapazola debruçou para ficar com os olhos rentes a Jahel e profanou ousado:
> Eu estou no comando não percebeu? Você irá me fazer um favor! – entendeu? Não saio daqui sem o seu consentimento
Jahel com ódio balançou a cabeça negativamente desafiando-o, tentou lhe mandar uma cusparada no rosto, mas a língua sem obedecer fez com que o cuspe escorresse pelo queixo.
O rapazola segurou as mãos de Jahel entre as suas, firme, o calor era terrível e Jahel soltou um berro.
> Preciso que você jure Jahel! Um juramento de sangue! Assim ajoelhado jure ser meu!
Jahel tentou soltar uma gargalhada debochada, mas sua garganta se fechou, estava completamente sem voz. Os joelhos caíram por terra como se tivessem lhe dado uma pancada por trás nas curvas das pernas... Mas ali só havia ele e o rapazola que estava em sua frente, Jahel caiu de cara na lama e vomitou.
> Jura agora! Repetiu o ser com fúria!
O calor era infernal, tentou serrar os pulsos com ira, tentou rir de si mesmo, mas não havia graça alguma. Tentou imaginar como a náusea e a fraqueza que sentia, pudesse vir daquele jovem.
Então meio atribulado pensou:
"Não me livrarei dessa peste se não prestar esse maldito juramento". – e decidiu fazer o que fosse preciso para se livrar desse jovem, mas prometeu ao seu coração se vingar de tamanha humilhação quando disse entre os dentes.
= Senhor! Torna-me vosso servo! Jahel, proferiu essas palavras diabólica e ironicamente.
O rapaz segurando-o pela garganta o pôs de pé e falou:.
> Me encontra aqui no mês cristão nas semanas entre a terceira lua que precisarei dos teus serviços!
= No mês de Cheshvan? Mas, porque quando o mundo é profano? O que você realmente quer? Me possuir? Não fará isso! Não comigo!
O rapaz responde desdenhando Jahel:
> Ah Nefilin! Você não é digno de um milímetro se quer de meu espírito.!
Jahel tremendo de ódio e com o orgulho ferido disse ao rapazola
= Eu sou um descendente dos lordes por herança! Devias respeitar-me.
> Você?? hahahahah voce é um Nefilin – disse o jovem rindo.
Jahel tinha uma porção de palavrões para deferir... Estavam todas na ponta de sua língua, mas como um soluço engoliu e com ira na voz perguntou:
= Que merda é essa que acabas de dizer pirralho?
> Calma Nefilin! __ Zomba o rapazola. > Você pertence a uma raça de anjos, seu pai de verdade foi expulso da presença de Deus. A metade de seu sangue é mortal!
Os negros olhos do rapazinho se elevam encontrando os de Jahel e continua: – a outra metade é de anjo caído.
Jahel buscando no fundo de sua mente lembra seu velho tio dizendo a ele, trechos bíblicos sobre uma raça “amaldiçoada” que eram frutos da união carnal entre mulheres mortais e anjos expulsos. Dizia seu tio que essa raça era extremamente poderosa. Nas profundezas de sua mente Jahel lembrou que sentia asco por eles. E perguntou ao rapazola:
= Quem é você?
O ser deu de ombro virou-se e foi embora. Jahel tentou segui-lo, mas as suas pernas teimavam em não obedecer. Ele permanecia ali na lama ensopado quase não enxergava por estar chovendo torrentes de águas geladas. Passou as mãos nos olhos tentando retirar um pouco da água que desce de seus cabelos. Consegue dissipar um pouco de toda aquela chuva de sua cara e olha o rapaz que está indo embora. – Pela sua camiseta molhada Jahel nota que ele tem duas cicatrizes nas costas, largas, que se ligavam formando um V ao contrário.
E grita:
= Você é um Anjo caído? Arrancaram-lhe as asas?
O rapaz, anjo, demônio seja lá o que fosse aquele ser não respondeu, mas Jahel não precisava de respostas, era óbvio que ele era um caído. Ainda gritando perguntou:
= Me diz então que serviço terei que prestar para você? Seu miserável pirralho ! Eu estou perguntando: = Do que se trata?
O ser repugnante soltou uma última gargalhada no ar e desapareceu. A chuva passou como se nem tivesse chovido! Parecia mais que alguém havia derrubado um barril de água sobre sua cabeça.
Jahel olhava para o lado perplexo como se tivesse saído de um pesadelo.
Foi para casa e nunca contou isso a ninguém! Quem acreditaria?
Nem ele próprio acredita.
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